quarta-feira, 30 de setembro de 2015

#4 - Curi(livro)sidades

Sabia que...



...o verdadeiro nome de Lewis Carroll, o famoso autor do livro "Alice no País das Maravilhas", é Charles Lutwidge Dodgson?

Citação do Dia - 30 de setembro de 2015

"A infância vive a realidade da única  forma honesta, que é tomando-a como uma fantasia."
Agustina Bessa-Luís

terça-feira, 29 de setembro de 2015

25 Questões ao Criador - Conhecendo melhor... Nuno Nepomuceno (Entrevista)

Biografia:

   Nuno Nepomuceno nasceu em 1978, nas Caldas da Rainha.
   É licenciado em Matemática pela Universidade do Algarve e reside na região Oeste.
   No ano letivo 2000/2001, recebeu o Prémio do Senado da Universidade do Algarve para melhor média final de curso e a Bolsa de Estudo por Mérito.

     Em 2003, ingressou na empresa NAV E.P.E. - a prestadora de serviços de tráfego aéreo em Portugal.

    Até 2008, trabalhou na Torre de Controlo de Ponta Delgada, e atualmente, na do Aeroporto de Lisboa.
       Em 2012, venceu o Prémio Literário Note! com O Espião Português, o seu primeiro romance. É também autor dos contos «Redenção» e «A Cidade», este último incluído na coletânea Desassossego da Liberdade. A Espia do Oriente é o seu novo livro, o segundo da série Freelancer. Encontra-se a trabalhar na conclusão da trilogia, que em breve será publicada pela TopBooks.

(Biografia retirada do site oficial do autor: http://www.nunonepomuceno.com/)

Começo por deixar aqui o meu agradecimento ao Nuno por ter partilhado comigo os seus livros, por ter aceite responder a esta entrevista  e por toda a simpatia e sinceridade com que enfrentou este pequeno desafio.


Entrevista:

Dream Pages (D.P.): 1_Quando começou a escrever?
    Nuno Nepomuceno (N.N.): Há quinze anos. Fiz uma primeira incursão durante um período de férias da universidade, mas acabei por não a concluir. Voltei a tentar três verões depois, altura em que iniciei a redacção do manuscrito que mais tarde se veio a tornar em O Espião Português.

D.P.: 2_Em que contexto surgiu a trilogia "Freelancer"? Porque decidiu participar no concurso da Note!?
     N.N.: O desejo da escrita é algo que acalentava há imenso tempo. Quando a minha vida profissional estabilizou, há doze anos, decidi que iria fazer uma nova tentativa. Acabei por ficar bloqueado com apenas um terço do livro redigido e voltei a desistir. Dois anos mais tarde, alterei o tempo verbal e recomecei outra vez. Foi um processo longo, que se estendeu até 2011, altura em que terminei o livro. A partir daí, procurei uma editora. Achava que tinha uma boa história em mãos e queria publicá-la de forma a que chegasse ao público de modo abrangente. No fim desse mesmo ano vi o anúncio da Note!. Decidi concorrer e acabei por vencer. Foi durante essa época que comecei a escrever A Espia do Oriente. A ideia da trilogia foi algo que sempre tive desde o início. Foi assim que imaginei o que queria contar – em três estádios. O último volume será publicado em breve.

D.P.: 3_De onde vêm as suas personagens? Identifica-se com alguma delas?
     N.N.: André, o protagonista da trilogia, tem alguns pontos de contacto comigo, embora de forma marginal. Achei que seria mais fácil, tendo em conta que era a minha primeira experiência. As restantes personagens foram construídas em torno dele, ou do que desejava fazer com o livro. Também gosto muito de Anna, a heroína de A Espia do Oriente, por ser extremamente carismática, e de Elena, a vilã. Dá-me mais liberdade, porque não estou tão preso a um código moral convencional.


D.P.: 4_Como lida com as críticas ao seu trabalho?
     N.N.: Aceito-as com naturalidade. É impossível agradar a todas as pessoas. Eu próprio, enquanto leitor, também não gosto de tudo o que compro. Felizmente, o retorno que tenho tido de ambos os livros tem sido extremamente positivo, algo mais do que esperava, até, mas quando alguém faz reparos negativos, não é um problema, desde que não tenha o intuito de ofender de forma deliberada. O direito de expressão existe e deve ser utilizado.

D.P.: 5_O que sente quando escreve? O que lhe dá mais prazer na escrita? Qual é a maior dificuldade que sente quando está a escrever?
    N.N.: O que me agrada mais no acto de escrever é o poder viver e pensar como a personagem, ou seja, segundo o mundo de outra pessoa. Tento envolver o leitor, transportá-lo para o universo que estou a criar, colocá-lo a ver aquilo que eu imaginei. Esse é o meu maior prazer. Tocar e emocionar quem se encontra do outro lado. A maior dificuldade é manter o ritmo de trabalho. Não escrevo de forma tão regular quanto desejo.

D.P.: 6_Tem algum ritual de escrita? Visitou fisicamente todos os locais sobre os quais escreve, ou faz apenas pesquisa?
    N.N.: Normalmente, começo sempre por rever e muitas vezes reescrever o capítulo anterior antes de começar um novo. Também não escrevo se não tiver pelo menos três horas livres para o fazer. E é raro iniciar algo com uma página completamente em branco. Redijo algumas ideias, esboço outras tantas frases, visualizo o início e o fim, e só depois avanço.
No que concerne aos cenários que utilizo nos livros, a pesquisa que faço é mista. Conheço algumas cidades, para as quais viajei de propósito com o intuito de as incluir na trilogia. É o caso de Budapeste e Praga, por exemplo. Mas às vezes também acabo por recorrer a revistas de viagens e outra imprensa especializada, pois a acção decorre em alguns locais extremamente distantes e algo caros. É o caso do Dubai, ou da estância de inverno em Courchevel. E há ainda a gestão do tempo a fazer. Já escrevo de forma profissional e conciliar esta carreira com a outra que mantenho não tem sido fácil. Utilizo com frequência as férias do meu primeiro emprego para conseguir progredir de forma mais substancial no romance em que me encontro a trabalhar, razão pela qual a disponibilidade para viajar não é maior.

D.P.: 7_Para além de escrever, qual é o seu maior talento?
    N.N.: Perseverar. Acho que foi isso que me fez conseguir publicar a trilogia.

D.P.: 8_Considera a escrita uma necessidade ou um passatempo?
   N.N.: Conseguia viver sem escrever. Podia dizer o contrário para transmitir uma outra imagem de mim, mas é a verdade. Contudo, enquanto me der prazer, vou continuar a fazê-lo, porque gosto. E mesmo no início, quando comecei O Espião Português, nunca o encarei como um passatempo. Sim uma experiência, algo que queria tentar. Foi por isso que fiz três ensaios até chegar ao manuscrito final.

D.P.: 9_Prefere ler ou escrever?
   N.N.: É um misto de ambos. Eu comecei a escrever porque gostava de ler e queria saber como seria estar do outro lado, ter o poder de criar um imaginário, decidir o destino das personagens. Agora, já sei como é, mas o sentimento mantém-se. Escrevo e também leio, infelizmente não tanto quanto desejaria, dada a falta de tempo.

D.P.: 10_O que pensa que seria do mundo sem livros?
   N.N.: Extremamente aborrecido. A nossa imaginação é muito poderosa. É possível sorrir, chorar e viajar a ler um bom livro. Seria uma grande perda para a humanidade se não existissem.

D.P.: 11_Qual é o seu escritor favorito?
    N.N.: Daniel Silva. Considero-o o maior autor da actualidade dentro do género da espionagem e vejo a longevidade da série Allon como um exemplo.

D.P: 12_Qual é o seu livro preferido?
    N.N.: Os Pilares da Terra, de Ken Follett. É o romance histórico perfeito.

D.P.: 13_Houve algum livro que o tenha feito olhar o mundo de forma diferente?
     N.N.: O Estranho Caso do Cão Morto, de Mark Haddon. Apresenta o tema do autismo de uma forma extremamente divertida, mas ao mesmo tempo humana e sensível. É um livro que recomendo a qualquer pessoa.

D.P.: 14_Prefere o livro ou o filme?
    N.N.: Os livros são mais ricos, porque têm mais informação e descrição, mas há filmes muito bem feitos e interessantes. A minha memória é essencialmente visual. Retenho mais imagens do que nomes, por exemplo. Desde que tenham qualidade, gosto tanto de um, como do outro.

D.P.: 15_Qual é a sua música preferida?
       N.N.: Kissing a Fool, de George Michael. Fomos apresentados durante as minhas viagens entre Ponta Delgada e Lisboa, numa altura em que residi em S. Miguel. Apanhei-a a tocar algumas vezes durante o embarque, mas não sabia quem a cantava e não desisti até o descobrir. Tem algumas influências de jazz, que é um género musical que ouço pouco, mas que aplicado a este registo funciona bem. E a melodia é lindíssima.

D.P.: 16_Costuma ouvir música quando está a escrever?
       N.N.: Por vezes, sim, desde que o volume esteja baixo e não seja algo novo e que me desperte a atenção. Desconcentro-me com facilidade.


D.P.: 17_É fácil conciliar a escrita com o seu trabalho e a sua vida? Como é que um homem da ciência convive com a literatura e com a escrita?
    N.N.: Há dias bons e maus. Sinto-me abençoado por ter a oportunidade de ter duas carreiras das quais gosto bastante e que escolhi livremente. E isso torna os sacrifícios que tenho de fazer muito mais fáceis. Portanto, é só uma questão de equilíbrio, algo que também considero que deve existir na nossa formação. Sou licenciado em Matemática, mas, enquanto português que sou, tenho a obrigação de conhecer e utilizar correctamente a minha língua.

D.P.: 18_Qual é a sua citação favorita?
       N.N.: «A vida é como uma caixa de chocolates. Nunca sabemos o que vamos encontrar quando a abrimos.» (Forrest Gump, 1994)

D.P.: 19_Quem/Qual é a sua fonte inspiração?
    N.N.: Varia um pouco. Pode ser uma música, uma fotografia, algo que leio, um local, ou mesmo uma pessoa com quem me cruzo pontualmente. Tudo poderá despoletar uma imagem e isso é suficiente para mim. Por exemplo, o último livro da trilogia é inspirado num discurso de guerra de Winston Churchill.

D.P.: 20_Qual é o seu maior sonho?
      N.N.: Conseguir o respeito dos leitores.
  
D.P.: 21_Qual é o seu lema de vida?
      N.N.: Trabalhar. Acredito no valor do trabalho.

D.P.: 22_Sei que o último livro da trilogia está para breve. Planeia trabalhar em novos projetos? O que podem os leitores esperar para o futuro?
     N.N.: Sim, uma vez publicada toda a trilogia, o passo seguinte será iniciar um novo romance policial. Tratar-se-á de um livro sem qualquer espécie de continuidade, ou seja, isolado, onde espero manter a evolução que tenho feito. Para já, irei ficar dentro deste género literário durante alguns anos.

D.P.: 23_Onde podem os leitores adquirir os seus livros “O Espião Português” e "A Espia do Oriente"?
    N.N.: Em qualquer livraria, bem como o terceiro volume, cuja data de publicação deverá ser anunciada em Outubro. Já Desassossego da Liberdade, a colectânea de autores em que participei com o conto «A  Cidade», só através do site da Livros de Ontem.

D.P.: 24_Alguns conselhos para os novos escritores?
    N.N.: Que levem o seu tempo e não se deixem condicionar por pressões, mesmo quando auto-impostas. O mercado livreiro é muito exigente e complexo, e mais vale aperfeiçoar o que estão a escrever do que ceder à tentação de o apresentar de imediato às editoras.

D.P.: 25_E, por fim, qual é para si o maior segredo do Universo?
    N.N.: A felicidade. É o que todos desejamos.


Opiniões do blogue a obras de Nuno Nepomuceno:




Para mais informações e para poder acompanhar as novidades relativas a esta fantástica trilogia, não se esqueça de deixar o seu "gosto" na página do facebook "Trilogia Freelancer, por Nuno Nepomuceno": https://www.facebook.com/trilogiafreelancer

Citação do Dia - 29 de setembro de 2015

"O paciente é o mais forte."
Victor Hugo

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

#4 - Dá-lhe Letras

Autor: Colleen Houver


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Qual é o livro?

Novidade da Suma de Letras - "Pura Coincidência"

Novidade da Suma de Letras

Qualquer semelhança com a realidade é
Pura Coincidência



De Renée Knight
Um thriller psicológico brilhante e profundamente perturbador sobre uma mulher atormentada pelos seus segredos e um desejo avassalador de vingança


Sinopse:


     E se de repente se apercebesse de que é a protagonista do aterrador romance que está a ler? Catherine tem uma boa vida: goza de grande sucesso na profissão, é casada e tem um filho. Certa noite, encontra na sua mesa de cabeceira um livro com o título O perfeito desconhecido. Não sabe como terá ido parar ao seu quarto ou quem o terá ali posto. Ainda assim, começa a lê-lo e rapidamente fica agarrada à história de suspense. Até que, depois de ler várias páginas, chega a uma conclusão aterradora. NÃO É FICÇÃO. O perfeito desconhecido recria vividamente, sem esquecer o mais ínfimo detalhe, o fatídico dia em que Catherine ficou prisioneira de um segredo terrível. Um segredo que só mais uma pessoa conhecia. E essa pessoa está morta.

Acompanha o sucesso internacional e nacional do género do thriller psicológico, como no caso de "A rapariga no comboio" ou "Em parte incerta"

     Renée Knight foi realizadora de documentários para a BBC antes de se dedicar à escrita.

     Pura Coincidência é o seu primeiro romance, que será publicado em mais de 25 países. Um thriller psicológico brilhante e profundamente perturbador, sobre uma mulher atormentada pelos seus segredos e um desejo avassalador de vingança, que está a conquistar os leitores e a escrita de todo o mundo.


Opinião da Imprensa:

"Pura Coincidência é algo especial... uma história excepcionalmente inteligente e sinuosa, perfeitamente estruturada para deixar o leitor desnorteado."_New York Times

"O encanto de Pura Coincidência é que o desenvolvimento da história é tão bom como a sua emocionante primissa e forma a trindado, ao lado de Em parte incerta e A rapariga no comboio, do thriller psicológico."_New York Daily News

"Excepcional suspense psicológico... exactamente o que um bom leitor thriller deve ser."_Lee Child

"Pura Coincidência rouba furtivamente a atenção do leitor e mantem-no prisioneiro até ao fim. Uma história pungente que ressoa muito tempo depois da página final. O melhor thriller que li este ano."_Rosamund Lupton

"Um livro misterioso dentro de outro livro que contém informações potencialmente coordenatórias sobre a protagonista é a premissa da estreia de Renée Knight. Este thriller psicológico perturbador sobre a culpa e a tristeza, marcado também pela força das suas personagens, conclui num final chocante."_Publishers Weekly


"Um enredo elegante e convincente. Personagens que mantêm o coração da história a bater. Um romance atmosférico e emaranhado que não poderá deixar de ler. Um thriller psicológico viciante."_Kirkus Reviews



"Este thriller psicológico envolve o leitor desde a primeira página; os apreciadores de mistério vão fazer tudo para lê-lo numa só sentada. Deliciosamente cativante, brilhantemente sinuoso, e sedutoramente viciante, cumpre todos os requisitos de um thriller magistral!"_Library Journal



"O controlo das emoções do leitor, a construção, o ritmo e a interligação das narrativas são feitos de forma impecável num romance viciante."_London Sunday Times



"O ritmo de Knight, os momentos de tensão e o fim cheio de reviravoltas surpreendentes fazem desta história uma viagem realmente excitante. Mas ao mesmo tempo é um exame surpreendentemente sofisticado do casamento, a maternidade e a memória, bem como da culpa, a dor e a vingança."_Richmond Times-Dispatch



"Pura Coincidência de Knight é uma leitura obsessiva. Não conseguirá ler só um capítulo de cada vez, uma vez começado terá de o ler de uma só vez."_NY Journal of Books



"Inquietante... O final oferece mais do que um golpe emocional. Os sentimentos dos leitores sobre cada uma das personagens mudaram ao longo da história quando compreendem que às vezes as pessoas cometem erros atrozes por amor, e que aqueles que se comportam de forma abominável também podem ser honrados."_Shelf Awareness

Novidade da Nuvem de Tinta - "Fala-me de Um Dia Perfeito"

Novidade da Nuvem de Tinta

Fala-me de Um Dia Perfeito



De Jennifer Niven
Bestseller do New York Times


Sinopse:

      1 - Violet Markey vive para o futuro e conta os dias que faltam para acabar a escola e poder fugir da cidade onde mora e da dor que a consome pela morte da irmã.


     2 - Theodore Finch é o rapaz estranho da escoa, obcecado com a própria morte, em sofrimento com uma depressão profunda. Todos os dias pensa em suicidar-se. E todos os dias algo de bom o impede de o fazer.

     3 - No topo da torre da escola, a um passo de saltar, Finch vê Violet, prestes a fazer o mesmo. E salvam-se um ao outro.

      4 - Com Violet, Finch consegue finalmente ser ele próprio.

      5 - Com Finch, Violet deixa de contar os dias para passar a vivê-los, um a um, em pleno.

     6 - Mas, à medida que Violet se vai abrindo ao mundo e à vida, Finch vai-se fechando e afastando.

      7 - Agora é a ver de Violet impedir uma tragédia. Será que o amor pode salvar Finch?

     8 - Através de uma história de amor inesquecível, Jennifer Niven mostra-nos como a vida pode ser simultaneamente tão dura e tão frágil, tão doce e tão amarga.

    9 - Uma lição de vida comovente sobre uma rapariga que aprende a viver graças a um rapaz que quer morrer. Uma história de amor redentora.

A história de um rapaz chamado Finch e de uma rapariga chamada Violet



     Jennifer Niven sempre quis ser um Anjo de Charlie, mas a sua verdadeira paixão é a escrita. Fala-me de Um Dia Perfeito, o seu primeiro romance juvenil, está publicado em trinta e quatro países e vendeu mais de 100 000 exemplares nos primeiros três meses nas livrarias. A autora vive, actualmente, em Los Angeles.


Opinião da Imprensa:

"Uma história de amor comovente sobre dos adolescentes ddivertidos, frágeis e traumatizados chamados Violet e Finch. Jennifer Niven é uma grande contadora de histórias."_Entertainment Weekly

"Muitos romances juvenis falam do tema do suicíddio, mas nenhum o faz de forma tão memorável."_Kirkus Reviews, crítica estrelada

"Na sua estreia no mundo da ficção juvenil, Niven constrói uma história tão fresca e divertida... O caminho para, pela e além da tragédia é romântico e terno, e personagens e leitores são confrontador com a tristeza, com a alegria e com as possibilidades - e limites - do amor num contexto de doença mental."_Publishers Weekly, crítica estrelada

"Comovente e vibrante, este impressionante e honesto retrato da depressão."_BuzzFeed


Citação do dia - 28 de setembro de 2015

"O mundo é uma gaiola de loucos."
Tommaso Campanella

domingo, 27 de setembro de 2015

Opinião sobre "O Espião Português" (Freelancer #1) - Nuno Nepomuceno

O Espião Português
(Freelancer #1)
(Artigo de Opinião)


Autor: Nuno Nepomuceno
ISBN: 978-989-706-142-4
Nº de páginas: 376
Editora: TopBooks


Sinopse


   
Estocolmo, Suécia.
Encerramento da presidência da União Europeia.


     Quando André Marques-Smith, o jovem director do gabinete de Informação e Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros português é enviado à capital sueca, está longe de imaginar que aquele será um ponto de viragem na sua vida.

     Ao serviço de Cadmo, a agência de espionagem semigovernamental para a qual secretamente trabalha, recupera a primeira parte de um grupo de documentos pertencentes a um cientista russo já falecido. Mas quando regressa a Portugal, tudo muda. Uma nova força obteve a segunda parte do projecto e, de uma forma violenta e aterrorizadora, resolveu mostrar ao mundo que está na corrida pelos estudos do cientista.

     Por entre cenários reais de cidades como Estocolmo, Roma, Viena, Londres e Lisboa, a luta pelo inovador projecto começa, os disfarces sucedem-se, as missões multiplicam-se. E, enquanto é forçado a lidar com os condicionalismos de uma vida dupla, André vê-se inesperadamente envolvido num mundo de mentiras e traições, o mesmo que o levará a fazer uma descoberta que poderá mudar toda a Humanidade.

Este exemplar foi-me gentilmente cedido pelo autor em troca de uma opinião sincera

Opinião


       O livro "O Espião Português", vencedor do Prémio Literário Note! em 2012, foi-me oferecido pelo autor, Nuno Nepomuceno, a quem dirijo desde já o meu agradecimento.

         André Marques-Smith é um promissor jovem de 27 anos. É diretor do Gabinete de Informação e Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português e secretário pessoal do Ministro, João Santos Ferreira. A par do seu trabalho no corpo diplomata português, André é também um dos mais conceituados agentes da Cadmo, uma agência de espionagem semigovernamental sediada em Londres.

      Torna-se um pouco complicado falar sobre a história deste livro sem deixar escapar algum pormenor que estrague o prazer da revelação aquando da leitura. André vive uma vida dupla e isso é excecionalmente bem retratado. A coragem e o sangue frio necessários para o sucesso das missões; a dor e as marcas deixadas por um amor antigo; o quotidiano e a normalidade na interação com os colegas de trabalho, os amigos e a família - tudo singularmente equilibrado.

       É fácil a conexão do leitor com o protagonista, pois a empatia é quase instantânea. Embora não seja apenas um policial, o mistério e o perigo são elementos constantes ao longo de "O Espião Português". A ideia de uma descoberta que pode mudar o mundo,  associada à rede de traições e mentiras em que está inserido o universo da política e da espionagem europeias, representam elementos fortes e curiosos.

       Algo que me cativa verdadeiramente neste livro é a facilidade com que o autor nos ludibria, levando-nos a supôr que já sabemos o que vai acontecer para, de seguida, nos provar exatamente o contrário. As surpresas são sucessivas à medida que vamos voltando avidamente as páginas.

    A estrutura da escrita é simples - muitos diálogos e frases curtas criam suspense. No entanto, Nuno consegue atribuir às palavras um toque de sofisticação que alicia o leitor. As cenas de ação (lutas e fugas) são perfeitamente descritas e, embora a história seja narrada na terceira pessoa, é possível experienciar as sensações - alegria, dor, cansaço, pânico... - vividas pelos personagens e, em especial, pelo protagonista.

     É notório o cuidado na construção das circunstâncias - tudo é sequencial e acontece no tempo certo, proporcionando a quem lê um sentimento de adição pelo livro.

      O enredo é muito rico e complexo - não se foca apenas na vida profissional de André, abrange muito mais. É-nos apresentado um André espião, mas também um André amigo, um André filho e irmão, um André vulnerável, um André traído pelo amor e, acima de tudo, um André humano. A caracterização do personagem está especialmente bem feita e agrada também com facilidade ao público feminino - é um rapaz jovem, bem parecido e de porte atlético, com uma boa educação e vindo de uma boa família, humilde, carinhoso e até um pouco frágil e amargurado. Um homem com valores que sofre por amor. É quase impossível ficar indiferente a este protagonista! Há também muitos outros personagens que conferem carisma à história, pois são altamente fascinantes e imprevisíveis.

  Primeiro volume da trilogia Freelancer, este é um livro que nos seduz por completo. Sendo a espionagem o tema central, o autor consegue contextualizar a vida de André e atribuir-lhe um lado mais emocional, característica pouco comum na maioria de outros personagens espiões. Tão bem escrito que agrada a todos os tipos de público, e com qualidade superior à de muitos livros estrangeiros, que comummente valorizamos e preferimos aos nacionais, este é o exemplo perfeito  de que também se fazem obras sensacionais no nosso país e de que se deveria dar mais destaque e apoio aos autores portugueses. Nuno Nepomuceno conseguiu criar uma trama  de tal modo viciante, que 376 páginas se leem em apenas 3 dias e que, no final, fica uma sensação de "quero mais!". Claro que já comecei a ler o segundo volume, "A Espia do Oriente", mas desta vez de forma mais lenta, para que possa prolongar o prazer da leitura até próximo da publicação do último livro da trilogia, que está para breve! Um livro que, simplesmente, adorei!


Música que aconselho para acompanhar a leitura: Lay Me Down_Sam Smith


Para mais informações e para poder acompanhar as novidades relativas a esta fantástica trilogia, não se esqueça de deixar o seu "gosto" na página "Trilogia Freelancer, por Nuno Nepomuceno": https://www.facebook.com/trilogiafreelancer

#3 - Passatempo: "YGGDRASIL - Profecia do Sangue"

Oferecido pela autora, MBarreto Condado, o blogue Dream Pages está a sortear um exemplar do livro "YGGDRASIL - Profecia do Sangue".





Para que se possa habilitar a ganhar este livro, apenas tem de:
- Fazer gosto na página da autora no Facebook, aqui;
- Fazer gosto na página do Dream Pages no Facebook, aqui;
- Seguir publicamente o blogue;
- Seguir o twitter do blogue (aqui) dá uma entrada extra;
- Seguir o Bloglovin' do blogue (aqui) dá uma entrada extra;
- Só participar uma vez (se não cumprir esta regra, a sua participação será anulada);
- Preencher todos os dados corretamente e acertar nas perguntas colocadas (pode encontrar as respostas aqui).

Agora é só participar!

O passatempo termina no dia 16 de outubro às 23h59. As participações após esta data não serão válidas.


Notas:
- O passatempo é feito em parceria com a autora do livro, Mbarreto Condado;
- O vencedor será escolhido aleatoriamente através do site random.org;
- O vencedor será contactado por e-mail e será anunciado no blogue e na página do Facebook;
- Este passatempo só é válido para Portugal continental e ilhas;
- O blogue não se responsabiliza pelo possível extravio do livro nos correios.

Citação do Dia - 27 de setembro de 2015

"A solidão é uma grande força que preserva de muitos perigos."
Henri Lacordaire

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

#4 - Pistas Literárias

Pistas:

       - A autora é americana e foi professora de inglês, antes de se dedicar exclusivamente à escrita.

     - O livro faz parte de uma trilogia e narra a história de uma rapariga de 16 anos que é mandada para um colégio para Prodígios, seres mágicos, problemáticos.

     - A protagonista é altamente sarcástica e o seu pai é o chefe do Conselho.

     - A sua nova colega de quarto e melhor amiga é vampira e homossexual.

    - Ela pensava que era uma bruxa, mas descobre que, afinal é um demónio.


Qual é o livro?


Citação do Dia - 25 de setembro de 2015

"Em geral, na natureza humana existe mais tolice do que sabedoria."
Francis Bacon

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

#3 - Curi(livro)sidades

Sabia que...



...J. K. Rowling e o seu famoso personagem, Harry Potter, têm a mesma data de nascimento - 31 de julho?

Divulgação: "YGGDRASIL - Profecia do Sangue" - MBarreto Condado

YGGDRASIL
Profecia do Sangue



De MBarreto Condado



Sinopse: 

     E se a vida como a conheces pudesse ser muito mais?

    Desde o início do tempo dos clãs, que os MacCumhaill se mantinham unidos. Família de poderosas mulheres e orgulhosos guerreiros. Tinha-lhes sido exigido um único sacrifício em troca da sua imortalidade, manter o equilíbrio entre os três mundos. E esse equilíbrio tinha sido quebrado. As portas estavam abertas facilitando a passagem de todos os seres sobrenaturais.

     Seria Maria, uma jovem estudante portuguesa acabada de chegar a Dublin, a ajuda poderosa pela qual aguardavam há tanto tempo? Conseguiria ela aceitar tudo o que lhe era pedido? Acreditar neles e lutar ao seu lado? Dividida entre o seu dever e o amor que sente pelo herdeiro do clã irá descobrir que deve seguir o seu coração, mas esse também já não é seu. Tinha-o entregue àquele homem ainda antes de lho dizer.

     Este era o início de uma nova Era... da Profecia do Sangue.


O início de uma nova Era

    MBarreto Condado nasceu em Moçambique. Desde cedo descobriu que adora contar histórias, criar situações, personagens e locais que nos consigam despertar diferentes sentimentos transportando-nos através do tempo a sítios fantásticos onde só mesmo a imaginação consegue chegar. Sempre encorajada pela sua avó materna a nunca desistir dos seus sonhos, ganhou a coragem que lhe faltava para publicar o primeiro dos seus contos, embarcou assim em mais uma aventura mas desta feita no vasto mundo da Literatura Fantástica.


Para mais informações, consulte a página da autora no Facebook: 

Citação do dia - 23 de setembro de 2015

"O problema dos especialistas é que eles sabem as coisas."
Robin Morgan

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Novidade da Guerra e Paz - "Os Maias"

Novidade da Guerra e Paz

Os Maias


De Eça de Queiroz
A face autêntica de uma pátria que talvez ninguém tenha tão amado e detestado


Sinopse:


     «É um Portugal realmente presente que ele interroga e que o interpela. É a sua província, a sua capital, os seus pasmosos habitantes, os costumes, os sonhos medíocres hipertrofiados, a inenarrável pretensão de tudo quanto é ou parece ser "gente" num país sem termos de comparação que possam equilibrar essa doce paranóia de grandezas engendradas a meias pelo tédio e pela falta de imaginação, que Eça pinta, caricaturalmente sem dúvida, mas para melhor reduzir a massa confusa do detalhe proliferante à sua verdade palpável. E fá-lo, não para cumprir, como se sugeriu, um programa de experimentador literário, nem de sociólogo artista, mas para descobrir, com mais paixão do que a sua ironia de superfície o deixa supor, a face autêntica de uma pátria que talvez ninguém tenha tão amado e detestado.»


"A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no Outono de 1875, era conhecida na Rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janelas Verdes, pela casa do Ramalhete,  ou simplesmente o Ramalhete. Apesar deste fresco nome de vivenda campestre, o Ramalhete, sombrio casarão de paredes severas, com um renque de estreitas varandas de ferro no primeiro andar, e por cima uma tímida fila de janelinhas abrigadas à beira do telhado, tinha o aspecto tristonho de residência eclesiásticas que competia a uma edificação do reinado da Sra. D. Maria I: com uma sineta e com uma cruz no topo assimilar-se-ia a um colégio de Jesuítas. O nome do Ramalhete provinha decerto de um revestimento quadrado de azulejos fazendo painel no lugar heráldico do escudo de armas, que nunca chegara a ser colocado, e representando um grande ramo de girassóis atado por uma fita onde se distinguiam letras e números de uma data."



     Eça de Queiroz nasceu a 25 de Novembro de 1845 na Póvoa do Varzim. por não ser reconhecido pela mãe, viveu até aos 4 anos em Vila do Conde, com a madrinha. Em 1849, os pais casaram-se e Eça mudou-se para casa dos avós paternos, em Aveiro. Só aos 10 anos regressou ao Porto e se juntou aos pais. Concluídos os estudos liceais no Colégio da Lapa, ruma a Coimbra em 1861 para cursar Direito. É aí que conhece Antero de Quental e Teófilo Braga. Já formado, vai de malas e bagagens para Lisboa em 1866, e é na capital que se dedica à advocacia, mas também ao jornalismo, dirigindo o Distrito de Évora e publicando folhetins na Gazeta de Portugal, que seriam reunidos anos mais tarde em Prosas Bárbaras. Depois de viajar pela Palestina, Síria e Egipto e assistir à inauguração do Canal do Suez, em 1869 - viagem que desaguaria, mais tarde, em títulos como O Egipto A Relíquia - envolve-se nas Conferências do Casino e começa a espalhar As Farpas, em 1871, um ano depois de ter publicado O Mistério da Estrada de Sintra, no Diário de Notícias, ambos a quatro mãos, com Ramalho Ortigão.
     Ingressa depois na carreira diplomática, e é em Leiria, como administrador do concelho, que escreve O Crime do Padre Amaro. Entre 1873 e 1875, exerce o cargo de cônsul em Havana, Cuba, e é depois transferido para Inglaterra. Durante os dois anos que se seguem, envia textos de Bristol e Newcastle para a imprensa nacional e brasileira, inicia a escrita de O Primo Basílio e faz os primeiros esboços para Os Maias, O Mandarim. Regressa à pátria com 40 anos e casa-se, em 1886, com Emília de Castro Pamplona, onze anos mais jovem. Em 1888, é enviado para o consulado de Paris. Segue-se a publicação d'Os Maias e, nos periódicos, da Correspondência de Fradique Mendes A Ilustre Casa de Ramires. Fundador da Revista de Portugal, de que é também director, visita frequentemente o país, aproveitando as estradas para jantar com os Vencidos da Vida. É no Paris de Jacinto, de A Cidade e as Serras - título que, como muitos da sua obra, só viria a ser publicado postumamente -, que vem a falecer a 16 de Agosto de 1900, vítima de doença prolongada.

     A edição apresenta uma nova fixação do texto, da responsabilidade de Helder Guégués, actualizando o texto do romance segundo os mais rigorosos critérios ortográficos e tipográficos. Esta nova aposta da Guerra e Paz está ainda enriquecida com posfácio do bisneto de Eça, António Eça de Queiroz.
     Com capa de Ilídio Vasco, a obra faz parte do Plano Nacional de Leitura e inclui alguns preciosos auxiliares para o leitor: uma árvore genealógica da "família Maia", uma caracterização das principais personagens, a lista das personagens secundárias, e um descritivo dos principais locais em que se desenrola a acção.

Citação do Dia - 22 de setembro de 2015

"Uma guerra indefinidamente adiada assemelha-se deveras à paz."
Roger Martin du Gard

sábado, 19 de setembro de 2015

Opinião sobre "O Despertar" - Lycia Barros

O Despertar
(Artigo de Opinião)


Autora: Lycia Barros
Título Original: Despertar - A Bandeja (2014)
Adaptação: Ana Rita Silva
ISBN: 978-989-8775-36-8
Nº de páginas: 336
Editora: Pergaminho


Sinopse



     Aos 18 anos, Angelina está prestes a viver o maior desafio da sua vida: sair da cidade natal de Petrópolis, deixando para trás o amor e a proteção da sua família e dos seus amigos, para estudar ma universidade, no Rio de Janeiro.

     Assim que se instala na república de estudantes e começa a frequentar as aulas, Angelina percebe que as dificuldades serão muitas. Divide um quarto com uma colega desorganizada, que vive de festa em festa e sempre com más companhias. Não há dúvida, a vida de estudante não é como Angelina sonhava: as condições são precárias, as aulas, desmotivantes, e o ritmo de vida é cansativo.

    É então que Angelina conhece Alderico, ou Rico, um homem lindo, fascinante, irresistível. Para sua surpresa, vem a descobrir que Rico é o seu professor de Linguística; e - surpresa ainda maior! - está igualmente interessado nela...

    Deslumbrada com a descoberta da paixão e certa de que Rico é o seu grande amor, Angelina atira-se de cabeça na relação, ignorando os conselhos que recebera dos pais a vida inteira. Ao mesmo tempo, começa a ter sonhos estranhos, que não consegue compreender, sobre homens que se transformam em feras... Será que algum poder superior lhe está a tentar enviar uma mensagem?


Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Pergaminho em troca de uma opinião sincera

Opinião


       Começo por agradecer à Pergaminho o envio do livro. "O Despertar" tem uma capa muito bonita. As cores suaves, a fotografia simples de um casal jovem e a paisagem verde de fundo conferem à capa um toque singelo que alicia a leitura.

      Angelina é uma rapariga de 18 anos que vive numa pequena cidade do Brasil, Petrópolis, e que se prepara para realizar o seu sonho - estudar Literatura para uma universidade do Rio de Janeiro. Criada numa família tradicional, católica, Angelina é a típica menina inocente e sonhadora.

     Consegue um lugar na república graças à filha de uma amiga da mãe, a Michele, tendo de partilhar o quarto com ela. Mas a Michele é exatamente o oposto do tipo de pessoas com quem Angelina se costuma relacionar - é desorganizada, fuma, droga-se, embebeda-se, falta às aulas e envolve-se com vários rapazes.

    O primeiro dia de aulas da protagonista também não corre da melhor maneira. Claro que tudo muda quando ela conhece por acidente Alderico, ou Rico, um homem lindo e sedutor, que vem a descobrir ser o seu professor de Literatura. Vão se encontrando e Angelina começa a nutrir sentimentos, até então desconhecidos, pelo professor, e os dois acabam por se envolver.

     A par do romance, ela começa a ter sonhos estranhos de anjos com bandejas, que se transformam em animais e a perseguem. Serão esses sonhos avisos de que algo está errado? Mas ela acaba por ignorar o perigo em prol de um amor platónico, entregando-se aos seus sentimentos. Só que nem tudo correrá bem e Angelina terá de fazer escolhas importantes.

     Este é um livro que gira em torno de valores cristãos. No entanto, aborda o tema de forma suave, não impingindo a religião, mas desmistificando-a. Lycia Barros apresenta a ideia de crença como algo saudável, como segurança e não como obrigação.

     "O Despertar" oferece bons momentos de leitura, levando o leitor a refletir sobre o tema retratado. A escrita é simples e acessível, e o enredo não é demasiado complexo - centrado na vida de Angelina, o livro foca também a história de outros personagens intervenientes, o que acaba por aligeirar a leitura. Na minha opinião, os acontecimentos são, na sua maioria, previsíveis, e isso retira algum encanto à história. Porém, independentemente de o leitor ser, ou não, crente, este é um livro que vale a pena ler, pois decerto irá fazê-lo encarar a religião de uma outra perspectiva. Uma boa leitura!

Música que aconselho para acompanhar a leitura: Losing My Religion_R.E.M.

Citação do Dia - 19 de setembro de 2015

"Cada pessoa deve trabalhar para o seu aperfeiçoamento e, ao mesmo tempo, participar da responsabilidade coletiva por toda a humanidade."
Marie Curie

Citação do Dia - 18 de setembro de 2015

"Quem lê muito e anda muito, vai longe e sabe muito."
Miguel Cervantes

Citação do Dia - 17 de setembro de 2015

"Os planos não são nada; o que conta é a planificação."
Dwight Eisenhower

#2 - Curi(livro)sidades

Sabia que...



...Virginia Woolf, Goethe e Hemingway tinham o hábito de escrever em pé?

Citação do Dia - 16 de setembro de 2015

"O momento em que pensamos ter compreendido tudo dá-nos ar de assassinos."
Emil Cioran

Citação do Dia - 15 de setembro de 2015

"O homem tem o valor que a si próprio dá."
François Rabelais

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

#2 - Dá-lhe Letras

Autor: Juliet Marillier


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Qual é o livro?

Opinião sobre "O Caso do Espelho Armadilhado" - José Lança-Coelho


O Caso do Espelho Armadilhado
(#8 - Turma S.O.S)
(Artigo de Opinião)


Autor: José Lança-Coelho
ISBN: 978-972-576-508-1
Nº de páginas: 132
Editora: Dinalivro


Sinopse



     A Sara não fazia a mínima ideia do que lhe ia acontecer, quando aceitou o convite da tia para passar um fim-de-semana na sua casa, que mais parecia uma Arca de Noé, tal era a quantidade de animais lá existente.

     Porém, o mais estranho daquela casa era uma combinação entre espelhos, existentes no quarto destinado à detective, que quando colocados um diante do outro, criavam um campo que atraía qualquer objeto para o interior de um deles. A Sara nem queria acreditar, quando viu o pequeno macaco da tia desaparecer na face polida do espelho do roupeiro.

     A detective chamou os seus amigos Sílvia, Óscar e Lili - os S.O.S. - para salvarem o pequeno sagui, ao mesmo tempo que tentavam descobrir o mistério que envolvia os dois espelhos.

    Os S.O.S. viram-se forçados a entrar todos no espelho e a descobrir a armadilha que este encerrava, após uma das detectives ter caído nele inadvertidamente. A vivência de um importante facto histórico esperava os detectives. Porém, tinham de resolver várias questões, sendo as mais importantes as seguintes: que facto era esse? Conseguiriam sobreviver-lhe? Encontrariam o macaquinho da tia da Sara? Resolveriam a armadilha do espelho e voltariam ao quarto da detective?

      Descobre as respostas a todas estas e outras questões, lendo O Caso do Espelho Armadilhado.



Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Dinalivro em troca de uma opinião sincera

Opinião



     Para começar, é necessário ter em conta que este livro foi escrito para um público infantil e, como tal, a escrita e o enredo são pouco complexos.


     Sara é uma menina que vai passar férias em casa da tia Milú. No quarto que lhe é destinado, Sara vê o sagui da tia ser sugado para o interior de um espelho - a combinação entres dois espelho cria um campo que atrai os objetos para o interior de um deles.

   Um pouco assustada mas, acima de tudo, curiosa, Sara contacta os seus amigos detectives - Sílvia, Lili e Óscar - e convida-os a ir passar um dia lá a casa, dizendo-lhes que têm um mistério em mãos.

   Uma das detectives, a Sílvia, é acidentalmente "engolida" pelo espelho, e os amigos vêm-se obrigados a entrar também eles naquela armadilha para a resgatarem.

     Os quatro detectives são transportados para uma outra época e rapidamente percebem que existem muitas restrições e proibições. Conhecem o furriel Augusto e é nesta altura que compreendem que estão num período de ditadura, no tempo de Marcelo Caetano.

    Sem saberem ao certo o que fazer, decidem seguir o furriel até ao quartel, na esperança de conseguirem obter mais informações. E é quando tentam falar com um guarda para pedirem permissão para entrar, que constatam estarem invisíveis - na minha opinião, há alguma incongruência nesta situação: o furriel viu-os e falou com eles, mas para o guarda já se encontram invisíveis... mesmo sendo para crianças, este é um pormenor que considero ilógico.

       Aos poucos, os amigos vão-se apercebendo de qual o episódio histórico que estão a vivenciar. Entre algumas anotações históricas - desde o fim da monarquia até à data onde se localizam, o 25 de Abril - a história vai decorrendo. E os detectives vêm-se perante uma importante decisão: quererão participar na revolução? 
     
       Este é um livro pequeno, de leitura rápida, que permite (principalmente) às crianças vivenciar uma época histórica tão importante como o é o 25 de Abril. Através dos diálogos, é possível o leitor sentir que é o próprio que se encontra naquela caricata situação e que está a fazer parte do acontecimento. Tem algumas ilustrações que podem aliviar a leitura e que, normalmente, são sempre bem aceites junto do público mais novo.

         No meu entender, o livro tem um preço demasiado elevado (10,09 euros) e que não é justificado pelo conteúdo. Mistura fantasia (uma viagem no tempo através de um espelho) com História, o que pode cativar ou gerar desinteresse, consoante os gostos do leitor. Como já referi, o livro possui alguns pormenores incoerentes que podem criar alguma confusão e que podem conduzir ao abandono da leitura. Além disso, os personagens principais - os detectives -, são pouco descritos e explorados, focando-se a ação quase exclusivamente  no episódio.

        Embora eu não goste da comparação entre livros, pois, na minha opinião, cada livro é único, não posso desconsiderar as semelhanças deste livro com os da coleção "Viagens no Tempo", de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada.

     Este é o oitavo volume da coleção "Turma S.O.S". É um livro que aconselho para as crianças que se encontram a estudar este período, pois oferece-lhes a oportunidade de aprenderem de uma forma mais ligeira e divertida.


 Música que aconselho para acompanhar a leitura: Somos Livres_Ermelinda Duarte